Desenvolvimento Moral - Kohlberg ( 1927 - 1987 )

 

A teoria do desenvolvimento moral é a mais conhecida de Kohlberg. A sua teoria, assim como a de Piaget, é universalista. Não afirma a universalidade das normas, mas a das estruturas que permitem a aplicação das normas em contextos precisos e proporcionam critérios para o juízo moral. Acredita que através de um processo maturacional e interativo, todos os seres humanos têm a capacidade de chegar à plena competência moral, medida pelo paradigma da moralidade autónoma, ou, como prefere Kohlberg, pela da moralidade pós-convencional.

Os seis estádios de Kohlberg podem ser, generalizadamente, agrupados em três níveis de dois estádios cada: pré-convencional, convencional, e pós-convencional.

Seguindo as exigências construcionistas de Piaget de um modelo de estádios, como exposto na sua teoria do desenvolvimento cognitivo, é extremamente raro regredir em estádios – perder o uso de capacidades de estádios mais altos. Não se pode saltar estádios, cada um fornece uma nova e necessária perspectiva, mais abrangente e diferenciada de seu predecessores, mas integradas com eles.

Podemos esquematizar a teoria de Kohlberg da seguinte maneira:

Nível 1 (Pré-Convencional) - Infância 
1. Orientação "punição obediência"
(Como eu posso evitar a punição?)
2. Orientação auto-interesse
(O que eu ganho com isso?)
Nível 2 (Convencional) - Adolescência
3. Acordo interpessoal e conformidade
(Normas sociais)
(Orientação "bom moço"/"boa moça")
4. Orientação "manutenção da ordem social e da autoridade"
(Moralidade "Lei e Ordem")
Nível 3 (Pós-Convencional)
5. Orientação "Contrato Social"
6. Princípios éticos universais
(Consciência principiada)