Outros

 

 

Observação Naturalista e Observação Participante

Com este método, os investigadores procuraram superar as limitações do método experimental, através da observação sistemática fora do ambiente laboratorial. 

Estudo do indivíduo faz-se no seu meio natural. O observador está no campo e observa o processo tal como decorre na vida do indivíduo. Este tipo de observação denomina-se de naturalista.

Quando o observador participa na vida dos indivíduos em observação, o método denomina-se Observação Participante.

Embora as etapas destes métodos sejam similares às do método experimental, a verdade é que os dados recolhidos são muito diferentes: em vez de dados quantitativos ou mensuráveis, o que obtemos são dados de natureza descritiva (qualitativos).

Uma das principais limitações destes métodos consiste na dificuldade em generalizar as suas conclusões. Este facto deve-se à própria natureza da investigação que é feita que incide em profundidade sobre casos singulares.

 

 

Testes

Prova destinada a determinar a avaliar o nível atingido por um indivíduo face a uma situação padronizada. Os testes fazem partem do conjunto de processos de medida utilizados na psicologia, globalmente designados de psicometria.  Características que devem de obedecer os testes: padronização, fidelidade, validade e sensibilidade.   

Tipos de testes: T. Inteligência; T. Aptidão; T. de Personalidade; T. de Memória; etc.

 

Testes de Inteligência: Os primeiros testes de inteligência foram criados Alfred Binet, no início do século XX, e destinavam-se a identificar as crianças com defeitos intelectuais e que necessitassem de acompanhamento escolar especial. Binet começou por definir a inteligência ("capacidade de emitir juízos). Depois, para cada uma destas capacidades inventou um meio testar o nível atingido por cada indivíduo. Procurou então determinar um nível médio de capacidade mental atingido pelos indivíduos em função da sua idade. A partir daqui estabeleceu o padrão mental para cada idade. Estes valores permitem escalonar os indivíduos em função dos resultados que obtêm nos testes para a sua idade.

Em síntese no decurso do seu desenvolvimento uma pessoa atinge um grau de aptidão que corresponde a uma idade mental (estatisticamente determinada), que não corresponde necessariamente à idade cronológica dessa pessoa. À medida deste nível de desenvolvimento, obtido pelo coeficiente da relação entre a idade mental e a idade real, o chamado Q.I.    

 

 

Testes de Personalidade: O mais famoso teste de personalidade foi criado por Rorschach. Consiste em 10 pranchas, cada uma das quais com uma mancha de tinta simétrica. Algumas pranchas são a preto e branco, outras a cor. o indivíduo a convidado a dizer o que "vê" na mancha, assim como em todos os seus detalhes. Trata-se de um teste projectivo da personalidade. Na interpretação pessoal destes estímulos ambíguos o indivíduo revela o seu modo particular de estruturar o mundo,  a sua personalidade.   

Os testes de personalidade procuram revelam as estruturas psíquicas de uma pessoa, através da interpretação que essa pessoa dá, por exemplo, a uma imagem  ambígua ou  através da criação de desenhos. Deste modo o sujeito projecta a sua própria organização interna na interpretação que faz ou no desenho que lhe é solicitado.  

 

Testes de Aptidão: Dizem respeito a capacidades consideradas essenciais para o desempenho de certas actividades, tais como a acuidade visual, a percepção das cores e das formas, memória espontânea de palavras e algarismos, velocidade de aprendizagem de uma instrução, etc.

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Inquéritos e Entrevistas

. Inquéritos por questionário. Este método é aplicado ao estudo de grandes grupos de indivíduos (método extensivo). É constituída por um conjunto de perguntas simples e objectivas, na maioria das vezes com apenas duas alternativas: sim ou não. Avalia os aspectos relevantes de um número restrito de questões.  

 

Entrevistas. Esta técnica permite obter maior informação do que os questionários, mas também é mais demorada. A escolha dos diferentes tipos de entrevistas é feita em função dos objectivos, mas também do número de pessoas a estudar.   

Entrevista directiva. O entrevistador conduz a entrevista evitando os desvios do assunto em análise.

Entrevista não directiva. O entrevistador coloca um conjunto de questões de forma informal, procurando que os entrevistados os desenvolvam de forma pessoal.

Entrevista semidirectiva. Situação mista entre entrevista directiva e não directiva.